30 de abril 2015
Seminário debate experiências de gestão ambiental e territorial entre povos indígenas no Nordeste
Entre os dias 07 a 10 de abril, aconteceu em Paulo Afonso (BA), o seminário "Pensado Gestão Ambiental e Territorial com Povos Indígenas do Nordeste”, cujo objetivo foi apresentar e colocar em discussão as formas de fazer mapeamento e planos de gestão territorial e ambiental nas Terras Indígenas no Nordeste, especialmente no bioma Caatinga. O evento contou com a presença de representantes de sete povos indígenas do Nordeste (Xokó, Pankararu, Potiguara, Xukuru, Caxixó, Tremembé, Tuxá e Fulni-ô), de representantes da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), de servidores das Coordenações Regionais da Funai Baixo Rio São Francisco e Nordeste 1, de assessores do Projeto Gestão Ambiental e Territorial Indígena (GATI), além de outros convidados e debatedores.
Realizado pelo Projeto GATI, Fundação Nacional do Índio (Funai), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) e Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), o evento marcou a apresentação dos resultados da parceria entre o GATI e a Anaí, que elaborou em 2014 o etnomapeamento das Terras Indígenas Caiçara/Ilha de São Pedro (SE) do povo Xokó e Entre Serras (PE) do povo Pankararu, ambas Áreas de Referência do Projeto. Os dois processos são pioneiros no bioma Caatinga e contribuíram amplamente para difusão e entendimento da PNGATI e suas ferramentas de implementação.
Durante o seminário também foram apresentadas outras experiências de projetos e planos de gestão territorial e ambiental realizados na região, tais como: o “Etnomapeamento dos Potiguaras da Paraíba” e o “Aragwaksã, Plano de Gestão Territorial do Povo Pataxó de Barra Velha/BA e Águas Belas/BA”, primeiras experiências de etnomapeamento e PGTAs no Nordeste, ambas no Bioma Mata Atlântica. Os Xukuru de Orubá (PE), do coletivo Jupago Kreka, apresentaram sua experiência de resgaste da agricultura tradicional Xukuru, que valoriza os conhecimentos locais e biodiversidade associada ao modo de vida desse povo. Ao final das apresentações, os participantes analisaram e debateram todas as experiências relatadas, tendo como desafio produzir e sugerir, a partir delas, propostas para aperfeiçoar processos de elaboração e implantação deste tipo de ferramentas de gestão ambiental para a região Nordeste.
E ainda durante o evento houve uma exposição de fotografias e mapas produzidos e a apresentação de dois filmes que retratou as etapas do processo de elaboração do PGTAs nas duas TIs da Caatinga.
Assista AQUI a experiência de Entre Serras do povo Pankararu
Assista AQUI a experiência de Caiçara/Ilha de São Pedro do povo Xokó
Saiba mais: Povos Pankararu e Xokó finalizam a primeira etapa do processo de elaboração dos seus PGTAs