21 de maio 2014
Projeto GATI realiza 3ª Reunião do Conselho Regional do Núcleo Pantanal/Cerrado
A reunião escolheu a nova diretoria do Conselho e fez planejamento das ações do Projeto para a região
Entre os dias 6 a 8 de maio, na Terra Indígena (TI) Sassoró, localizada no Mato Grosso do Sul, aconteceu a 3ª Reunião Ordinária do Conselho Regional do Núcleo Pantanal/Cerrado, do Projeto GATI. Além dos representantes das áreas de referência do Projeto, participaram também representantes indígenas da Aty Guassu (Assembleia Guarani e Kaiowá), da Arpipan (Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal), da Assembleia Terena e do Comitê Gestor da PNGATI (Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas).
A Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) foi representada pelos professores Eliel Benites, Maria Aparecida Mendes (Lia) e Renata Oliveira Costa, que participaram das discussões e planejamento do programa de formação Mosarambihára (Semeadores) para os Guarani e Kaiowá (saiba mais AQUI). A reunião também contou com o apoio logístico das Coordenações Regionais da Funai de Ponta Porã e Dourados e das CTLs de Tacuru e Iguatemi.
Entre os vários assuntos tratados na reunião, houve a indicação de novo presidente do Conselho Regional, visto que o presidente em exercício, Leosmar Antônio (Terena da TI Cachoeirinha), assumiu a função de consultor do Projeto GATI. Sendo assim, a vice-presidente do Conselho, Zuleine Garay Duarte (da TI Sassoró), assumiu a presidência, e para manter o equilíbrio Terena-Kaiowá, foi escolhido como novo vice-presidente Laucídio Marques, conselheiro da TI Taunay/Ipegue.
Entre as atividades em plenária, foram feitas visitas para conhecer algumas iniciativas sendo desenvolvidas na TI Sassoró com apoio da Coordenação Técnica Local da Funai (CTL Tacuru) e do Projeto GATI. Entre estas iniciativas está a construção de um viveiro, que congrega ações de dois projetos da Carteira de Projetos Fome Zero e Desenvolvimento Sustentável em Comunidades Indígenas (MMA), sendo estas a Mandioca Amarela (edital das Mulheres) e Erva Mate (edital das áreas de referência do GATI). Esse viveiro produzirá mudas de várias espécies de árvores, entre frutíferas, madeiras e medicinais, para enriquecimento de quintais e recomposição ambiental.
O que são e como funcionam os Conselhos Regionais do Projeto GATI?
O Projeto GATI opera regionalmente por meio de oito núcleos, cada qual com seu conselho regional, com exceção do Núcleo Amazônia Ocidental, onde essa instância regional é substituída por três conselhos locais, devido as grandes distâncias entre as Terras Indígenas (TIs) que são áreas de referência naquela região. Os conselhos são instâncias paritárias, constituídas por representantes indígenas, das áreas de referência do projeto e das organizações indígenas regionais, e de governo, sendo representadas as coordenações regionais da Funai e instâncias regionais do Ministério do Meio Ambiente-MMA (Ibama e ICMBio). Participam também outras instituições parceiras como universidades e organizações indigenistas. Os conselhos tem a função de definir as linhas de ação do projeto nas respectivas regiões e acompanhar a implementação do projeto, assegurando a troca de informações a respeito de experiências de gestão ambiental e territorial. No Núcleo Pantanal/Cerrado (Mato Grosso do Sul), o conselho regional conta com representantes de três áreas de referência Guarani e Kaiowá (TIs Jaguapiré, Pirakua e Sassoró) e três áreas de referência Terena (TIs Cachoeirinha, Lalima e Taunay/Ipegue).