Terra Indígena Lalima
Ficha Técnica
- Nome
- Terra Indígena Lalima
- Objetivo
- Modalidade
- Principais Atividades
- - Projeto: Agricultura /Produção de alimentos. Meta: 80 há de feijão, 30 há de arroz e 150 há de milho – PAT- 2011. - Diagnóstico participativo – C. Regional Campo Grande /FUNAI.
- Resultados
- Mecanismos
- Instrumento(s)
- Bioma(s)
- Pantanal
- Etnia
- Kinikinawa Terena
- Entidade executora
- Entidade financiadora
- Assoc. Indígena(s) envolvida(s)
- Associação Indígena Terena de Lalima
- Comunidades envolvidas
- Contato
- Palavras-chave
História
O avanço das fronteiras brasileiras obrigou os Terena a afastar-se das terras mais férteis e agrupar-se em áreas diminutas e de condições ecológicas nem sempre condizentes com sua organização cultural. As áreas Terena do MS encontram-se numa situação bastante difícil. Os Terena estão ilhados em pequenas áreas, cercados por grandes latifúndios, muitos deles quase que totalmente improdutivos. No caso de Lalima a área reivindicada pelo grupo encontra-se invadida por fazendeiros e não implantaram ainda nenhuma benfeitoria na área.
A TI Lalima está situada às margens do rio Miranda. A comunidade tem a pesca como atividade essencial. Os peixes são comercializados na cidade de Miranda e entre as aldeias, a preços bastante baixos. Há intenso fluxo de turistas que, mediante acordos feitos com os indígenas, pagam taxas para pesca dentro da T.I. A presença de turistas, aliado à falta de controle por parte da FUNAI, tem levado à diminuição do estoque pesqueiro. Também ocorre o trânsito de turistas e pescadores profissionais na T.I. sem o conhecimento dos indígenas. O entorno da T.I, sofre com o avanço do
desmatamentos em seus limites, assoreamento e poluição dos rios (Rio Miranda), além do comprometimento da fauna e flora pela degradação do ecossistema. Há casos de arrendamento e conseqüente degradação do solo.
Os Terena, outrora um povo de agricultores, que entremeavam o plantio com a caça, pesca e coleta vivem hoje na dependência econômica das povoações brasileiras vizinhas, dedicando-se ao plantio de mandioca, cana de açúcar e trabalhando nas fazendas próximas como peões. Sua produção de bens agrícolas é quase que exclusivamente para consumo interno, sendo que o pouco excedente é comercializado, geralmente, nas feiras livres, próximas, como Miranda e Aquidauana. Sua relação com a sociedade regional é predominantemente comercial, no caso, a venda de uma força de
trabalho, geralmente como diarista, ou através de empreitadas para o trabalho agrícola, sobretudo no preparo das roças. A comercialização do pequeno excedente, a venda de artesanato, o trabalho fora da aldeia são as únicas fontes de recurso da comunidade.