Terra Indígena Galibi

Ficha Técnica

Nome
Terra Indígena Galibi
Objetivo
Modalidade
Manejo/criação de fauna
Principais Atividades
Resultados
Mecanismos
Instrumento(s)
Etnomapeamento
Bioma(s)
Amazônia
Etnia
Galibi
Entidade executora
Entidade financiadora
Assoc. Indígena(s) envolvida(s)
Associação dos Povos Indígenas do Oiapoque –APIO; Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque - CCPIO
Comunidades envolvidas
Kumarumã, Tukay, Uahá, Samaúma, Flecha.
Contato
Palavras-chave
Formação de Agentes Ambientais Indígenas, Etnoconservação de Quelônios

História

A construção da ponte bi-nacional que ligará as cidades de Oiapoque, Brasil, a São Jorge na Guiana Francesa, com inauguração prevista para 2012, tornará mais ágil e intenso o processo de urbanização e exploração dos recursos naturais no entorno da T.I. Parte significativa da TI Juminã é fronteiriça com o Rio Oiapoque, já amplamente explorado sem nenhum tipo de ação administrativa por parte do poder público. Encontra-se em curso o processo para instalação de atividades para exploração petrolífera costeira, em área de influência do sistema de maré dos rios Oiapoque e Uaçá.

A T.I. encontra-se em ilhas formadas por sedimentos terciários e parte em áreas altas de solos desenvolvidos de rochas pré- cambrianas. Os solos são no geral concrecionários e podzólico vermelho. Amarelo concrecionário com algumas partes de litossolos e afloramento de rochas. O relevo ondulado, e a alta quantidade de concreções lateríticas fósseis condicionam um aproveitamento para agricultura, muito limitado.

O cultivo de roças bem como a caça, pesca e coleta constituem a base da subsistência dos povos desta região. Tais atividades são regidas por duas estações: o ‘verão’, estação seca que se estende, aproximadamente, de julho a dezembro; e o ‘inverno’, estação das chuvas, que ocorre aproximadamente entre janeiro e junho. Esse ciclo anual orienta não só o calendário sazonal das atividades ligadas à abertura, derrubada, limpeza coivara, plantio e colheita das roças, como determina as espécies de animais, peixes e frutos disponíveis em cada época e local. Na maior parte da região, até a década de 60, tais atividades estavam integradas a um sistema de agricultura móvel e de mudanças periódicas de lugar de moradia. A partir dos anos 60, essas atividades tornaram-se mais sedentarizadas em decorrência da fixação e centralização dos locais de moradia em torno de postos de assistência. Nesse novo contexto de aldeias maiores, tornou-se impossível manter o antigo equilíbrio entre o tamanho da população local e os recursos naturais dos arredores, obrigando as famílias que preferiam se manter próximas desses postos a explorarem áreas mais distantes.

Depoimentos