Terra Indígena Bakairi
Ficha Técnica
- Nome
- Terra Indígena Bakairi
- Objetivo
- Modalidade
- Apicultura
- Principais Atividades
- - Projeto Uso da agrobiodiversidade em comunidades indígenas Paresi e Bakairi. Proposta: aliar geração de renda e sustentabilidade em comunidades indígenas do Cerrado e Amazônia matogrossence; - Fortalecimento das atividades produtivas sustentáveis em roças-de-toco para garantia da segurança alimentar, complementação de renda e produção de artesanato feminino com uso do algodão colorido do povo Bakairi. - Produção de mudas frutíferas nativas e aproveitamento das polpas de mangaba, buriti e marmelo. - Extrativismo sustentável do látex da seringueira na T.I. Santana do povo Bakairi. - Projeto: Kâdâkêrâ: Algodão Bakairi - Revitalização de Tecelagem com o uso do Algodão Nativo pelas Mulheres Kurã-Bakairi. - Projeto Aldeia Limpa: Coleta de Lixo na Aldeia Bakairi e Paikum. - Projeto de Reciclagem na Aldeia Kuyakware. - Reflorestamento dos Buritizais da Terra Indígena Bakairi.
- Resultados
- Mecanismos
- Instrumento(s)
- Bioma(s)
- Cerrado
- Etnia
- Bakairi
- Entidade executora
- Entidade financiadora
- Assoc. Indígena(s) envolvida(s)
- Associação Comunidade Indígena Aturua ACIA; Associação Kura-Bakairi AKB; Associação dos Pequenos Produtores Indígenas
- Comunidades envolvidas
- Alto Ramalho, Aturua, Cabeceira do Azul, Kaiahoalo, kuiakware, Paikum, Pakuera, Swôpa, Ximbua, Yahodo.
- Contato
- Palavras-chave
- buriti, Reciclagem, Mandioca, Tecelagem
História
Os Bakairi estão distribuídos em 10 aldeias. Há presença de não indígenas nas comunidades, em razão de casamentos interétnicos. É comum a presença de pescadores ilegais nos limites da T.I, o que em muitos casos, leva os Bakairi à apreenderem seus materiais e equipamentos de pesca. O arrendamento também é uma prática comum relacionado a atividades de agropecuária, em muitos casos, camuflado no conceito de parceria.
Há muitos córregos no interior da T.I. Os indígenas costumam tomar banho no Rio Teles Pires (um dos principais afluentes da Bacia do Tapajós), porém ultimamente evitam fazê-lo em decorrência de problemas de pele e ardência nos olhos causados pela poluição das águas, devido a proximidade da cidade de Paranatinga e de fazendas ribeirinhas. Como forma de amenizar o problema a FUNASA construiu poços tubulares profundos para fornecimento de água potável que agora servem também para banho. As matas ciliares no interior da Terra Indígena encontram-se preservadas. Há atividades agrícolas e agropecuária em expansão, normalmente sem a devida orientação técnica. Há espécies de frutos silvestres e
grande área de coleta. O ciclo de aparecimento das espécies está descontrolado. Os problemas dos resíduos sólidos, vem se agravando em razão das embalagens e do crescente consumo de produtos industrializados. Os resíduos são jogados em um buraco, mas há materiais perigosos como, por exemplo, as pilhas utilizadas nas lanternas. As queimadas também estão ocorrendo com maior freqüência, para tanto, há uma equipe de brigadistas indígenas que são articulados com os profissionais (Bombeiros) do município de Paranatinga e da equipe da FUNAI.
A caça é praticada, porém com dificuldade devido a escassez dos animais. A pesca constitui uma importante atividade, no entanto, está comprometida devido a constante diminuição do estoque pesqueiro. As fontes de renda do povo Bakairi são oriundas da educação, saúde, FUNAI e pequenos projetos. Há também recursos provenientes da aposentadoria, pensões e bolsa família. Outra fonte de renda é a venda de peixes, artesanatos e atividades da agropecuária. O acesso a tais recursos aumentam a demanda por produtos industrializados, sem que no entanto, tenham orientações necessárias para os descartes dos resíduos. Possuem razoável estrutura de atendimento à saúde, e boa estrutura de comunicação (energia elétrica, telefone e internet).