Terra Indígena Avá-Guarani de Ocoí

Ficha Técnica

Nome
Terra Indígena Avá-Guarani de Ocoí
Objetivo
Modalidade
Principais Atividades
- Projeto de Gestão Ambiental Sustentável e Integrada do Aqüífero Guarani. - Incentivo a criação de alevinos e reflorestamento. - Resgate cultural e ecológico das espécies vegetais utilizadas no artesanato.
Resultados
Mecanismos
Instrumento(s)
Bioma(s)
Mata Atlântica
Etnia
Guarani
Entidade executora
Entidade financiadora
Assoc. Indígena(s) envolvida(s)
Associação Comunitária Indígena Oco´y Acico; Guarany Teko Ñemoingo
Comunidades envolvidas
Contato
Palavras-chave

História

A comunidade Indígena Ava Guarani do Ocói vive atualmente numa pequena faixa de terras remanescente de Mata Atlântica. Caracteriza-se por um espaço territorial e ambiental respectivamente ínfimo e inapropriado para as necessidades de subsistência dessa população. O terreno tem a forma de um “V”. Possui em média apenas 238 metros de largura, tanto de um lado, como de outro dos “braços do V” contando-se da beira do lago, passando pela Terra Indígena até o início das terras dos colonos lindeiros. Observando-se a localização deste “V” no seu interior, apresenta-se um braço do lago que faz parte da represa maior, geradora das águas da Usina hidrelétrica de Itaipu. As bordas externas deste “V” são ocupadas tanto de
um lado como de outro da área, por colonos lindeiros, estando a população completamente cercada em todo o perímetro da área.
No que se refere a questão ambiental, esta área é imprópria para ocupação de qualquer população, pois as margens do lago devem ser protegidas contra possível assoreamento, o que põe em risco a vida da população indígena ali residente. Por essas razões a área é considerada oficialmente também como Área de Preservação Permanente /APP, de responsabilidade estadual do Instituto Ambiental do Paraná/IAP. Como os Guarani foram indevidamente assentados ali, passou a ser também Terra Indígena. Assim as duas áreas encontram-se sobrepostas.
Único local onde ocorre habitação de população humana a beira do lago inteiro da represa da Usina Hirelétrica de Itaipu é esta Terra Indígena. Este é o único local do estado do Paraná onde existe o problema de epidemia de malária. Atualmente, segundo Itaipu, a doença está sob controle. Segundo a FUNASA o controle está sendo feito através de borrifação periódica. O produto é tóxico, borrifado na água e margens do lago, o controle, portanto, se dá com mais contaminação da área (terras e águas) seres humanos e animais. Os Guarani não podem se afastar dali, pois não há espaço físico para tanto.

Depoimentos